Para o primeiro post do Maternidade Modificada, nada melhor do que explicar "como cheguei até aqui". Depois de um Dia Internacional da Mulher muito inspirador:
Vamos lá, depois de terminar o colégio, tinha a plena certeza do que queria para o futuro, jornalismo, ou direito... quando não passei em nenhum dos dois, e mais uns fatos da vida que aconteceram, meu mundo caiu e fiquei meio doidinha nessa vida. Não sabia o que queria direito, passei por 3 faculdades, pensando no que mais se "encaixava" em mim e que desse pra fazer logo, agradando assim minha mãe e tudo mais.
Lógico que isso não tinha como dar certo, e nesse tempo vivi coisa demais, conheci centenas de pessoas, mundos, noitadas e tudo mais... virei uma mother-fucker-crazy da vida, e me perdi de mim mesma. Fiquei com uma visão distorcida de tudo, e dei valor às coisas erradas... mas sempre com um sentimento de que estava incompleta, de que se não tivesse um companheiro e meus filhos, não seria feliz, mas procurava nas situações erradas.
Até que ano passado vi que aquele estilo de vida me satisfazia cada vez menos, e as coisas foram mudando aos pouquinhos... nisso, achei um cara muuuuito legal, com quem divido, e pretendo continuar dividindo tantas emoções fortes como uma montanha russa.
Com ele vivi a experiência de morar junto com alguém e criei o
Amélia Rock'n'Roll, que por umas e outras acabei abandonando, mas foi uma fase interessante! Foi nela que minha essência aflorou depois de anos sufocada, e depois de muito perrengue (e apoio dele), consegui chegar ao ponto em que estou agora... Feliz por poder ser eu mesma, e seguir o que me faz sonhar desde pequena, que é a MATERNIDADE.
Sempre achei que tinha uma imagem doidona a zelar, então não podia ser a careta do rolê que queria ter filhos tão nova e blá blá blá, resolvi deixar esssa besteira de lado, e assumi o que me move. Foi A MELHOR COISA QUE FIZ, porque agora, sei o que fazer pro "resto da minha vida", sei o que é amor, e não apenas paixão... também há paixão, lógico, mas não é só isso... e sei a que me entregar, dedicar e tudo mais... sem cobranças, sem me importar com o que pensam, sem me intimidar... E vocês não imaginam o quanto isso é importante para mim.
Navegando por esse mundo da Maternidade, achei mulher interessantísimas, como a Ligia, autora do
Cientista que virou Mãe, e a Kira, autora do
Para Beatriz... mulheres muuuito queridas, inteligentes, (e tantos outros elogios que nem caberiam aqui) que e ajudaram a ter uma visão mais clara de tudo e acho que nem sabem! Por causa delas, muita coisa aqui nessa minha pessoa melhorou, e estou me agarrando muito a tudo isso e não largo mais!
Nessas, já percebi que eu gostaria de fazer algo útil, que poderia efetivamente ajudar as pessoas, coisa que a comunicação (que é o curso que fazia), não me oferecia... Me joguei na ideia da enfermagem, já que sou louca por agulhas, mas já pensando numa especialização em Enfermagem Obstétrica... até que fiquei sabendo que a USP tem o curso de Obstetrícia!!! Como achava que era especialização da medicina, não fui atrás pra saber, mas agora sei que o curso todo é sobre isso, que é uma graduação em Obstetrícia... nossa, como fiquei louca!!! Tive uma epifania, foi como se tudo agora fizesse sentido, foi tanta felicidade que só faltou gritar pra todo mundo... Nesse momento, sei mais do que nunca, que as coisas acontecem na hora certa, e que agora "estou no ponto" pra começar minha jornada.
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Para começar bem este blog, vamos começar a modificar as coisas?! Este teste servirá como um
levantamento de dados sobre violência durante o parto, e quanto menos as
mulheres se omitirem, mais poderemos lutar por respeito nesse momento
tão importante para todas nós... vamos lá! Este teste fica disponível até dia 15 de abril! Grande Beijo!