Aviso aos navegantes:

Como estou sem tempo parar gerar conteúdo, vou replicar aqui no blog, os artigos mais interessantes que encontrar sobre criação com vínculo, parto humanizado, consumo consciente, alimentação alternativa, feminismo, body art e talvez um rock'n'roll. Espero voltar à ativa em breve! Grandes Beijos, Lô!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Socorro, vou virar a Lola Bunny!

    Segunda feira, 12 de março de 2012, digamos que minha vida mudou... Por causa da consulta com o Dr. Moacir Olsen.
     Ele um iridossomatologista (terapia pela íris) que eu carinhosamente chamo de médico doidão....
     O lance é que ele é adepto ao vegetarianismo puro, além de receitar dietas baseadas no tipo sanguíneo. Meu sangue é B+, que resulta numa dieta que me restringe das maiores coisas que eu gosto, como queijo (sou uma rata), milho, camarão e massas. Pensei que isso poderia acontecer mas não que seria tão traumático... tenho a sorte de estudar em escolas quem tem salgados veganos, mas neles há coisas que não posso, como farinha integral e tomate. Em churrascos eu sempre passei fome, porque nunca liguei muito pra carne, mas sempre ficava à mercê de terem queijo ou pão de alho pra não ficar na seca... e agora que não posso nem pão com vinagrete?
     Como vou viver dessa forma?!  Estou tentando a duras penas arranjar alternativas que me dêem o mínimo de qualidade de vida, como fabricar meu próprio creme de leite e maionese.
     Nisso fiquei pensando em quando eu tiver meus filhos, porque essa dieta é para a vida inteira, meu estilo de vida agora será outro... e fatalmente irá influenciar nas deles!
     Criar filhos vegetarianos é sem dúvida, uma forma de maternidade modificada, mas será que eu gostaria de extender essa situação a eles?! Seria saudável? Não seria restritivo demais? Não teriam eles, o direito de experimentar outros sabores?
     São mihares de dúvidas que estão me atormentando, preciso de opiniões e soluções... se alguém conhecer pessoas ou famílias veganas/vegetarianas, por favor, me passem o contato!
Grande Beijo, Lola!

Lola Bunny, aquela que só come cenoura.

sábado, 10 de março de 2012

Tá com medinho da dor, Sra. 06?!?!?



Mulheres, façam-me um favor e sejam mais mulheres por favor. Fomos escolhidas para a "função" porque somos fortes. E nossa natureza só nos torna mais ainda.
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Quem tem medo do lobo mau parto normal?!

Estava assistindo a um desses programas de maternidade da GNT, pra saber o que eles tem a mostrar, e posso afirmar com certeza, que é um canal ruim, com programas piores ainda.

Em um deles (Boas Vindas), estavam mostrando casais que estavam prestes a ganhar o bebê, piriri pororó com aquela frescurinha de gente rica, até que uma moça falou bem assim:

"Primeiro, eu escolhi a cesárea, porque eu tenho medo da dor, com a cesárea pelo menos, é uma dor programada, eu sei o que vou sentir, sei que tenho que tirar os pontos e etc.... Segundo, porque eu tenho uma "sindromezinha" lá embaixo que não me permite um parto normal, e terceiro porque a médica falou que ele está com o cordão enrolado nas costas, então seria muito perigoso, nem se eu quisesse daria pra ter um parto normal..."

OK OK.

Fico me perguntando até quando as pessoas vão cair nessa história de circular de cordão... e nem entro no mérito da sindromezinha que ela tem lá embaixo. Minha questão aqui é outra:

O MEDO DA DOR.

Olha, se tem uma coisa que nós modificados entendemos... é de dor!
Dor física pelo menos. Passamos por procedimentos que incluem agulhas e bisturis. Sempre tem alguém que olha para as tattoos, e orelhas alargadas e soltam um:     "NOSSA, COMO VOCÊ É CORAJOSO!"

Eu mesma já perdi as contas de quantas vezes ouvi isso. Nem sei se é questão de coragem, pra mim, é uma coisa tão normal, que nem fico me importando com o nível de dor que tive na hora ou depois... Se você quer muito uma coisa, e está informado sobre o que vai acontecer naquele momento e depois, deveria estar preparado e arcar com qualquer tipo de dor decorrente disso. E isso inclui a gravidez e parto.

Fico puta da vida quando vem mulherzinha (sim, porque eu acho mulherzinha) dizer que tem medo da dor do parto, que prefere se cortada do que sentir dor e blá blá blá... SÃO UMAS FRACAS! (Desculpa, ando meio raivosa ultimamente, acho que é TPM)
Não entendo como temer uma coisa tão natural!!!! Olha, que eu me lembre, nós somos mulheres, e a nossa função biológica é gerar e parir outros seres. Isso acontece desde que o mundo é mundo.

Tudo bem que o limite da dor é uma coisa muito relativa, e o meu limite não é o mesmo que o seu, maaaaaaaaaas, se submeter a um procedimento seríssimo como a cesárea, por medo de uma coisa que você nem sabe como será, ah não, não consigo aceitar. Ainda mais daquelas que se deixam levar pelo senso comum de que a dor do parto é uma coisa horrorosa.

Eu sinceramente não tenho medo da dor. Eu sei que é o que vem quando o neném estiver prontinho pra chegar ao mundo. Eu sei que terei que passar por isso no final da gravidez. Não vou me recusar a isso. Vai ser um dos esforços pra trazer essa minha vidinha ao mundo, e tenho a plena certeza que essa dor não será nada depois que estiver com ela nos braços.

Já ouviram aquela máxima do NO PAIN, NO GAIN?! É bem isso. Em algumas situações, o prazer é diretamente proporcional a dor. Modificações são um belíssimo exemplo disso. E quero demais a modificação mais radical de todas, o parto normal. Não vai deixar marcas no meu corpo (olha aí uma das vantagens), mas com certeza será a modificação da minha vida. Não existe coisa mais foda que isso.

Podem falar "Háaa, mas na hora você vai mudar de ideia!!!, Você diz isso por que nunca sentiu..." HAHAHAH, Só vão perder tempo, olha pra mim...  quer uma pessoa que mais curte uma dor do que eu?! Estarão falando pra pessoa errada... Tanto posso achar super normal (olha que apropriado) quanto uma dor insuportável. Mas vou passar e bater no peito pra dizer que consegui. Com muito orgulho sim. Como de tudo o que já fiz no meu corpo.

PARTO NORMAL, VEM NI MIM SEU LINDO!!!!!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Sobre como cheguei aqui e Obstetrícia...

Para o primeiro post do Maternidade Modificada, nada melhor do que explicar "como cheguei até aqui". Depois de um Dia Internacional da Mulher muito inspirador:

Vamos lá, depois de terminar o colégio, tinha a plena certeza do que queria para o futuro, jornalismo, ou direito... quando não passei em nenhum dos dois, e mais uns fatos da vida que aconteceram, meu mundo caiu e fiquei meio doidinha nessa vida. Não sabia o que queria direito, passei por 3 faculdades, pensando no que mais se "encaixava" em mim e que desse pra fazer logo, agradando assim minha mãe e tudo mais.

Lógico que isso não tinha como dar certo, e nesse tempo vivi coisa demais, conheci centenas de pessoas,  mundos, noitadas e tudo mais... virei uma mother-fucker-crazy da vida, e me perdi de mim mesma. Fiquei com uma visão distorcida de tudo, e dei valor às coisas erradas... mas sempre com um sentimento de que estava incompleta, de que se não tivesse um companheiro e meus filhos, não seria feliz, mas procurava nas situações erradas.

Até que ano passado vi que aquele estilo de vida me satisfazia cada vez menos, e as coisas foram mudando aos pouquinhos... nisso, achei um cara muuuuito legal, com quem divido, e pretendo continuar dividindo tantas emoções fortes como uma montanha russa.

Com ele vivi a experiência de morar junto com alguém e criei o Amélia Rock'n'Roll, que por umas e outras acabei abandonando, mas foi uma fase interessante! Foi nela que minha essência aflorou depois de anos sufocada, e depois de muito perrengue (e apoio dele), consegui chegar ao ponto em que estou agora... Feliz por poder ser eu mesma, e seguir o que me faz sonhar desde pequena, que é a MATERNIDADE.

Sempre achei que tinha uma imagem doidona a zelar, então não podia ser a careta do rolê que queria ter filhos tão nova e blá blá blá, resolvi deixar esssa besteira de lado, e assumi o que me move. Foi A MELHOR COISA QUE FIZ, porque agora, sei o que fazer pro "resto da minha vida", sei o que é amor, e não apenas paixão... também há paixão, lógico, mas não é só isso... e sei a que me entregar, dedicar e tudo mais... sem cobranças, sem me importar com o que pensam, sem me intimidar... E vocês não imaginam o quanto isso é importante para mim.
 
Navegando por esse mundo da Maternidade, achei mulher interessantísimas, como a Ligia, autora do Cientista que virou Mãe, e a Kira, autora do Para Beatriz... mulheres muuuito queridas, inteligentes, (e tantos outros elogios que nem caberiam aqui) que e ajudaram a ter uma visão mais clara de tudo e acho que nem sabem! Por causa delas, muita coisa aqui nessa minha pessoa melhorou, e estou me agarrando muito a tudo isso e não largo mais!

Nessas, já percebi que eu gostaria de fazer algo útil, que poderia efetivamente ajudar as pessoas, coisa que a comunicação (que é o curso que fazia), não me oferecia... Me joguei na ideia da enfermagem, já que sou louca por agulhas, mas já pensando numa especialização em Enfermagem Obstétrica... até que fiquei sabendo que a USP tem o curso de Obstetrícia!!! Como achava que era especialização da medicina, não fui atrás pra saber, mas agora sei que o curso todo é sobre isso, que é uma graduação em Obstetrícia... nossa, como fiquei louca!!! Tive uma epifania, foi como se tudo agora fizesse sentido, foi tanta felicidade que só faltou gritar pra todo mundo... Nesse momento, sei mais do que nunca, que as coisas acontecem na hora certa, e que agora "estou no ponto" pra começar minha jornada.  


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 Para começar bem este blog, vamos começar a modificar as coisas?! Este teste servirá como um levantamento de dados sobre violência durante o parto, e quanto menos as mulheres se omitirem, mais poderemos lutar por respeito nesse momento tão importante para todas nós... vamos lá! Este teste fica disponível até dia 15 de abril! Grande Beijo!